É preciso compreender que nenhum movimento na politica, na Justiça ou na imprensa é feito em vão.
Sempre há outros interesses não revelados por trás da movimentação.
Dito isso, é fundamental notar que, bastou o vice-governador Wherles Rocha vir a público revelar o “lamaçal de corrupção” no governo, para o Ministério Público Estadual (MPE) se mexer.
A mexida do parquet, porém, não foi para apurar o denunciado por Rocha.
Longe disso.
O movimento aconteceu para tornar público o oferecimento de denúncia envolvendo o nome do ex-prefeito de Rio Branco Marcus Alexandre.
Bastou o nome do ex-prefeito petista vir à baila para a imprensa, que se cala diante dos casos de corrupção na administração Gladson Cameli, reverberar o que foi denunciado pelo MPE.
Tranquilo, Marcus Alexandre limitou-se a dizer que trabalhou para os mais humildes e que irá se pronunciar no momento certo.
Agiu certo.
Quem age errado é quem se cala diante dos desmandos públicos de uma administração que, segundo palavras dos vice-governador, está corroído pela corrupção.
Vergonhosamente, órgãos de controle ficam inertes e parecem agir combinados com aqueles que deveriam ser fiscalizados.
Quando acontece esse tipo de coisa, fica latente que, com o fito de deixar passar uma boiada, jogam um petista como boi de piranha para o sangue atrair a atenção dos famintos por ver no PT tudo o que há de ruim na politica.
O azar de Gladson Cameli e daqueles que fazem vista grossa é que o vice-governador adiantou que ainda tem um balaio de denúncias para jogar na rua.