Filho de um pai extremamente branco, o empresário Eládio Cameli, que beira ao albinismo, o governador Gladson Cameli (PP) declarou à Justiça Eleitoral que a sua cor é parda.
O termo “pardo” serve para identificar uma parcela da população negra (que representa a soma de pretos e pardos), mas os primeiros registros do uso foram para descrever os povos indígenas no Brasil.
Ao que consta, Cameli está longe de ser negro e muito menos de ser indígena.
Segundo pesquisa feita por este Portal, esta classificação de cor no Brasil durou até o censo de 1890, quando foi substituida por “mestiço”. Só voltou oficialmente com Getúlio Vargas, em 1940, e dura até hoje.
Além de Gladson Cameli, outros dois governadores, por meio de auto declaração, mudaram a cor de branca para parda entre as eleições de 2018 e 2022.
São os governadores do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) e do Amapá, Clécio Luiz (Solidariedade).
A assessoria de Cameli disse ao site Poder360, em matéria publicada no ano passado (veja a aqui) que o governador declarou corretamente sua cor parda para o registo de candidatura ao Senado em 2014. No entanto, “por um equívoco, a sua cor foi declarada erroneamente” em 2018 e corrigida.
No Dia da Consciência Negra, o acreano descobre que não tem um governador branco.