Há muito tempo, quando dois moleques queriam brigar, sempre tinha alguém para incentivar, dizendo: – O mais macho cospe aqui.
O que cuspia primeiro, quase sempre, levava vantagem.
Dava o primeiro murro.
Diante do impasse com a classe médica, Cameli cuspiu primeiro.
Usou o programa de rádio semanal para chamar o seu secretário de Saúde, Alysson Bestene, em mais de uma vez, de coitado.
Também fez duras críticas à classe médica, questionando como alguns têm mais de quatro contratos.
Cheio de rompante, assumiu o compromisso de pedir autorização aos órgãos de controle para contratar profissionais brasileiros formados na Bolívia.
Cuspiu bobagem.
A contratação não pode ser dessa forma.
Dificilmente o Conselho Regional de Medicina ficaria quieto, de bisturi parado.
Cameli está perdido. Sem rumo. Briga com uma categoria que, majoritariamente, lhe apoiou.
A saúde vive dias de caos. E pode piorar com o fim do contrato com o Hospital Santa Juliana, onde mais de 45% dos partos são realizados.
Programa vitais como de transplantes e de cirurgias cardíacas estão parados.
O ex-presidente do Sindicato dos Médicos Ribamar Costa foi nomeado para participar do governo por meio da sua caneta.
Desde o fim do Mais Médico, o Acre perdeu mais de 80 profissionais.
A crise é grave é não se resolve com secretário coitadinho nem governador querendo ser macho.
Veja o vídeo.