Antes de embarcar para a Colômbia, o governador Gladson Cameli anunciou que em junho começam as licitações para execução das obras em ramais.
Vai ficar atolado no compromisso que não será cumprido.
Mesmo que ocorra o processo licitatório, este ano não haverá obras nos ramais do jeito que os produtores rurais querem e sonham.
A verdade é que essa história da existência de R$ 94 milhões para estradas vicinais é mal contada.
Realmente há o dinheiro, mas não é fácil de conseguir liberar.
Querendo dificultar a vida do governo passado, a bancada de apoio ao ex-presidente Michel Temer alocou os recursos no Ministério da Agricultura.
E atolou tudo na burocracia.
Desde o início, a Caixa Econômica Federal colocou um empecilho: exigiu que, no projeto para melhoria de ramais, seja feita a drenagem.
O banco quer a construção de bueiros nos pontos críticos e a reconstrução das pontes, atualmente um dos principais problemas dos produtores rurais.
Para que as pontes e bueiros sejam incluídos, é necessário o dobro do valor existente.
Com R$ 94 milhões só se faria a melhoria dos ramais.
Outro detalhe é que, inicialmente, o projeto era de 154 milhões. Com o contingenciamento, caíram 60 milhões.
O atual governador e o seu vice não falaram nada sobre a redução de recursos.
O governo passado tinha em caixa o valor da contrapartida, que era de 1% sobre o valor do convênio.
O Acre conta com 15 mil quilômetros de ramais. São quase 30 vezes a distância de Rio Branco a Cruzeiro do Sul.
Quem promete arrumar tudo, não pode ser levado a sério.
Fica a espera de que o governo consiga cumprir o prometido.