Passou do dia e da hora de o senhor governador passar a agir com a grandeza que o cargo merece.
Até agora, sentado na cadeira mais importante do Acre, Gladson Cameli se comporta como o maior opositor do seu próprio governo.
Age como se ainda fosse um senador oposicionista, que dispara para todos os lados como se ele mesmo não fosse o alvo.
Há receio e até temor na equipe de governo.
Sem capacidade de liderar, Cameli atua por meio de rompantes midiáticos.
Não pode ver um microfone que exibe o prazer de declarar que vai demitir quem não der respostas.
Tudo dos dentes reluzentes para fora.
Se assim o fizesse, poderia gastar a tinta da caneta exonerando todo mundo.
Passados cinco meses, os secretários foram incapazes de realizar uma licitação.
Todas as pastas exageram nas caronas e nas dispensas de licitação.
E o que é pior: a maioria das empresas contratadas vem do Amazonas, estado onde a família do governador reside.
O Acre está à deriva.
Gladson Cameli adora ficar longe do Estado, sob o argumento de procurar resolver os problemas inerentes ao governo.
Mas não é o que a sociedade sente e vê.
Cameli tem exagerado na dose.
Parece embriagado pelo tamanho de uma responsabilidade que demonstra ser incapaz de assumir.
Convive diariamente com um copo transbordante de incompetência e ineficiência.
A ressaca provoca dores de cabeça à população, que se vê privada dos benefícios estatais em setores estratégicos.
Nessa embriaguez, o rapaz faz acusações graves, como a da existência de um cartel criminoso na Saúde.
Faz a acusação e cobra que as “autoridades” tomem providências.
Ora, a maior autoridade do Acre é ele.
Como governador, se tem tanta certeza do cometimento de ilícito, deveria procurar o Ministério Público e a Polícia Federal com o fito de formalizar a denúncia.
Tem a obrigação de colocar a Polícia Civil e a Controladoria do Estado para apurar e levar os responsáveis à Justiça.
É assim que um governador tem o dever de agir.
O que não vale é ficar fazendo insinuações e acusações genéricas.
Um governador tem que ser responsável pelas suas palavras e os seus atos.
É isso que a sociedade exige.
Apresente os integrantes da máfia da Saúde, rapaz!