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Solidariedade de Gladson com o Amazonas ficou nas manchetes de jornais e não resistiu a 15 dias

Dados repassados pela Sesacre a jornalista desmentem a versão do governador

Há menos de 15 dias, querendo surfar nas atitudes de solidariedade de outros governadores para com o povo do Amazonas, Gladson Cameli foi à imprensa e às suas rede sociais oferecer vagas em UTI para os pacientes amazonenses acometidos pela Covid-19.

Em sua conta no Instagram o governador escreveu: “Me solidarizo com o povo amazonense que passa por um momento muito difícil por conta da pandemia da Covid-19. O governo do Estado do Acre está solidário ao governador Wilson Lima e toda equipe governamental do Amazonas. Já sinalizamos inclusive a abertura de 10 leitos de UTI no Hospital da Campanha de Cruzeiro do Sul, para atender casos graves de pacientes com coronavírus vindos do Amazonas”.

Tanta solidariedade não durou 15 dias.

O discurso mudou radicalmente.

Agora, Gladson diz que os pacientes estão vindo sem uma comunicação prévia e que pretende fechar as divisas com os estados do Amazonas e Rondônia.

Segundo ele, começaram a chegar pacientes de todos os lugares do Amazonas de avião sem ao menos a Sesacre ser notificada.

“Isso tá errado. Eu tenho que ter compromisso com a nossa população. Eu sei que a situação lá está complicada, mas do jeito que estão fazendo, está chegando o momento de seu ser deselegante. O Amazonas está enviando doentes com Covid-19 sem combinar com a gente e isso está errado”, disse.

O problema é que a declaração do governador confronta com a informação oficial passada pela Secretaria de Estado de Saúde ao jornalista Fábio Pontes.

Em reportagem publicada o jornal Amazônia Real – veja aqui -, a declaração do governador é flagrantemente desmentida pela Sesacre.

“De acordo com a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), o estado recebeu cinco pacientes do Amazonas; sendo dois de Tabatinga, dois de Eirunepé e um de Pauini”, diz a reportagem.

Ainda segundo a reportagem, um paciente de Tabatinga morreu no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul. “Já Thiago Alves, 36 anos, também de Tabatinga, recebeu alta médica na última quinta, 21. Ele estava internado desde o dia 13 de janeiro na UTI do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), hospital-referência no tratamento Covid na capital acriana”.

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