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Saiba como fugir dos combustíveis adulterados

A opinião é geral e parte de fabricantes de componentes, montadoras, engenheiros e mecânicos: um dos maiores vilões no desgaste de peças e componentes dos veículos automotores é o combustível adulterado. Essa nefasta prática assola países como o Brasil, em grande parte em função de uma fiscalização ineficiente e leis brandas.

Muitas vezes o alheio às consequências do problema, o motorista brasileiro nem sempre associa os combustíveis adulterados a problemas sérios no funcionamento do carro, que podem ir desde um aumento no consumo de até danos irreparáveis no motor.

As adulterações feitas no etanol e na gasolina vendida nos postos de combustíveis podem ser as mais insuspeitas possíveis. É comum, por exemplo, em testes de laboratório, a descoberta da presença de solventes misturados ao combustível ou de sais minerais, decorrentes de excesso de sujeira no líquido.

As fraudes mais comuns, entretanto, são feitas a partir da mistura inadequada do combustível. A gasolina vendida no Brasil pode ter em sua mistura, de acordo com a lei federal, até 25% de álcool anidro – que é o álcool puro, não hidratado.

Desconfie do preço

Algumas precauções simples, no entanto, podem evitar que se adquirem combustíveis adulterados. De uma maneira geral, postos que não tem uma bandeira conhecida ou praticam preços muito abaixo da média são suspeitos.

O próprio consumidor pode fazer a sua parte e se precaver. O correto é abastecer sempre no mesmo posto ou em locais que divulgam a qualidade do combustível e ficar atento ao consumo do seu carro. Se estiver muito acima do normal, pode ser combustível “batizado”.

Investigação MP/AC

A promotora titular da Promotoria de Defesa do Consumidor, Alessandra Garcia Marques, afirmou que o Ministério Público do Acre (MP/AC) está trabalhando na investigação de vários postos de combustíveis da capital Rio Branco.

A investigação do MP visa combater possíveis práticas ilegais por parte de donos de postos de gasolina em relação ao aumento abusivo no preço da gasolina, além de, apurar denúncias de adulteração nos combustíveis vendidos na capital.

Somente em 2018, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fez 23 ações de fiscalização em postos de combustível de Rio Branco e foi encontrada uma infração por qualidade, segunda dados.

Golpe do “bomba baixa”

Caso desconfie que a quantidade de combustível abastecida no tanque do carro é menor do que a registrada na bomba, peça ao posto para testar o equipamento na sua frente. No teste, o representante do posto deve utilizar medões padrão de 20 L aferida e lacrada pelo Inmetro.

A diferença máxima permitida é de 100 mL para mais ou para menos. Se a quantidade estiver abaixo de 100 mL, você pode estar sendo alvo do chamado “ golpe da bomba baixa “. Nesse caso, denuncie a ANP.

Como denunciar? Caso suspeite de irregularidades, você pode denunciar o posto pelo site da ANP: anp.gov.br/faleconosco ou pelo telefone 0800 970 0267. Quanto mais informações você tiver sobre o posto – como CNPJ, razão social, endereço e distribuidora -, melhor. Essas informações constam em adesivos nas bombas e no quadro de aviso do posto.

Precauções. Combustível adulterado diminuir a lubricidade do óleo e danifica o motor. É possível minimizar os riscos obedecendo aos períodos sugeridos pelas montadoras para a troca dos filtros de combustível e de óleo – em geral, a cada 10 mil quilômetros.

Exija a nota. Para se resguardar, exija sempre a nota fiscal  no ato do abastecimento e guarde-a. Os postos credenciados e que não tem histórico de adulteração emitem a nota sem criar problemas.

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