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Prefeitura não fechou questão sobre educação para autistas; Moisés Diniz conversa com entidades

O primeiro autista clinicamente diagnosticado atendia pelo nome de Donald Triplett, na década de 1930, nos Estados Unidos.
O psiquiatra que chegou ao diagnóstico se chamava Leo Kanner.
De lá para cá, os estudos não pararam.
Foram muitos os erros e acertos, graças, principalmente, à dedicação de pais e mães, que abrem mão das suas vidas para se dedicar aos filhos.
De todos erros, talvez o maior foi o de creditar a origem do autismo às mães, que ganharam o nome pejorativo de “Mães geladeiras”, por gerarem filhos que viam ao mundo com o olhar próprio do autista.
Os estudos e as lutas individuais e coletivas proporcionaram avanços.
Mas a luta pelo autismo continua.
Esta semana, uma nova polêmica foi criada aqui em Rio Branco, nas escolas da rede municipal de Rio Branco.
Os pais que têm filhos matriculados nas escolas foram informados que o número de mediadoras nas salas de aula irá reduzir. “Cada mediadora, em vez de cuidar de uma criança, terá que cuidar de três. Não haverá aprendizado”, comentou um pai ao Portal do Rosas.
Houve reuniões nas escolas e comunicados individualizados aos pais.
Um assunto como esse não deve ser tratado de maneira fria.
É preciso muito debate.
Às vezes se paga pela qualidade daquilo que é oferecido.
É o que acontece na rede municipal de ensino.
A prefeitura de Rio Branco é a única do país a adotar esse modelo individualizado.
As escolas particulares, por exemplo, têm apenas uma mediadora para toda a escola. Isso quando têm.
Pela qualidade do ensino oferecido no município, até pessoas de melhor condição econômica optaram por matricular os seus filhos nas escolas municipais.
A decisão não está tomada.
Segundo o secretário de Educação, Moisés Diniz, está sendo feito um levantamento das necessidades. Mas admitiu que haverá casos em que um mediador ficará até com duas crianças.
“Não fechamos o levantamento. Fecharemos na próxima semana”, disse.
Diniz também revelou que abriu diálogo com instituições e associações que lutam pelos direitos de inclusão de autistas e portadores de Síndrome de Down.
“Conversamos com a Família Azul e iremos nos reunir com a Família Down”.
O secretário segue o melhor caminho: o do diálogo.
Autismo é algo que merece atenção.
Existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas. Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca de 2 milhões de autistas.
O número aumentou bastante, desde que o casos de Donald Triplett.
A prefeita Socorro Neri, como educadora, saberá o melhor caminho a seguir.

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