A usina do governo não para de gerar crise e a próxima envolve o MDB do deputado federal Flaviano Melo.
Nesta manhã de quarta-feira, o governador Gladson Cameli toma café com os deputados que compõem a sua base na Assembleia Legislativa (Aleac).
A base iniciou o ano assanhada. Conhecendo a fragilidade do chefe do Executivo estadual, os deputados pressionam de todos os lados.
Preocupado com a folia, Cameli, que deve embarcar no avião para passar o carnaval longe do Acre, quer ajustar a sua comissão de frente.
Os principais motivos da reunião, além de tentar serenar os ânimos, são os projetos que serão encaminhados à Aleac.
Um deles vira recheado de polêmica e poderá gerar demissão de gente do primeiro escalão.
Cameli, segundo fonte palaciana, irá desmembrar a Secretaria de Gestão e Planejamento (Seplag).
A ideia é voltar a ser como era antes, com as secretarias de Gestão e Planejamento separadas.
A proposta desagradou a secretaria Maria Alice, haja vista que a prima de Flaviano Melo perderá poder.
É notório que a Seplag não consegue dar as respostas. Os projetos não andam, embora haja muito dinheiro deixado pelo governo anterior, em torno de R$ 1,3 bilhão
Realmente há componentes técnicos, mas não há como esconder que o ingrediente política pesa muito mais.
O MDB apresentou o deputado estadual Roberto Duarte como pré-candidato a prefeito de Rio Branco.
Duarte é um dos maiores críticos de Cameli, que parece não estar disposto a dar asas a cobra.