Por Fábio Pontes
Em entrevista à TV Gazeta, após participar da sessão on-line de abertura do ano legislativo da Câmara Municipal de Rio Branco, o prefeito Tião Bocalom (PP) disse que manterá uma relação de independência com a Casa, sem interferências políticas do Executivo.
Tanto assim, que nem mesmo um líder Bocalom ainda tem no legislativo. O prefeito também afirmou que não fará ingerências na escolha dos presidentes das comissões permanentes.
Ao estilo Bolsonaro, Bocalom dá o sinal de que não adotará a prática do toma-lá-dá-cá com a Câmara.
Segundo ele, o papel dos vereadores é fiscalizar a prefeitura. Não se sabe até quando ele manterá essa estratégia.
Por enquanto ele ainda surfa numa onda de popularidade que o faz desprezar a relação com a Câmara. Por sua vez, sem participação na distribuição de cargos, os vereadores montam o bloco dos independentes.
Contudo, tão logo surjam os primeiros desgastes, Bocalom ficará refém dos vereadores, necessitando montar uma base de apoio que cobrará um preço: cargos na prefeitura. E isso será inevitável.
Nem mesmo o “Mito do Planalto” escapou. Com a popularidade em queda e com ameaça de impeachment, Bolsonaro teve que comprar meio Congresso Nacional para eleger Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG).